Ruralista Galvan doou dinheiro a Bolsonaro e patrocinou atos golpistas, diz Abin
Durante os quatro anos da gestão do ex-presidente, o plantador de soja se dedicou a apoiar as investidas golpistas do "mito", com doações de dinheiro e patrocínio de atos antidemocráticos, envolvendo parte do agronegócio.
Relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) encaminhado à CPI do 8 de Janeiro, ao qual o UOL teve acesso, mostra todas as "peripécias" de Galvan, em apoio a Bolsonaro.
Segundo a agência, o Movimento Brasil Verde Amarelo (MBVA), liderado pelo fazendeiro, figura entre os envolvidos com a pauta golpista desde bem antes do 8 de janeiro, data em que houve depredação das sedes dos três Poderes e virou alvo de investigação pela CPI no Congresso.
A devoção e o fanatismo de Antonio Galvan - que tem base eleitoral em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) - são tantos, que ele investiu muito mais na campanha pela reeleição de Bolsonaro, do que na própria candidatura ao Senado por Mato Grosso.
O cruzamento com o arquivo do TSE revela doações superiores a R$ 100 mil à campanha de Bolsonaro.
Chamado de "general" pelos colegas, Galvan enviou R$ 50 mil para o ex-presidente. Ele investiu apenas R$ 14,5 mil na própria campanha. Aos íntimos, Galvan teria revelado que pretende disputar novamente o Senado, em 2026.
Com a bandeira do bolsonarismo, sempre dando dinheiro e exaltando a figura do "mito".
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