Com filiação de Buzetti, oposição passa a ter maior bancada no Senado.
Redação
Senadora por Mato Grosso se une ao Progressistas e fortalece federação PP-União, que ultrapassa PL em número de cadeiras
A senadora Margareth Buzetti (MT) oficializou sua filiação ao Progressistas (PP) nesta quinta-feira (20), em evento realizado em Cuiabá. Com a adesão, a federação PP-União Brasil passa a ter 15 senadores, tornando-se a maior bancada do Senado Federal, superando o PL, que agora conta com 14 parlamentares. O PSD, partido pelo qual Buzetti chegou ao Senado, recua para 11 integrantes e também perde posição para o MDB.
Buzetti assumiu a cadeira em janeiro de 2023 como suplente de Carlos Fávaro (PSD), que se licenciou para comandar o Ministério da Agricultura no governo Lula (PT). Desde então, a senadora tem adotado uma postura independente, com posições críticas ao governo. Em 2023, Fávaro chegou a deixar temporariamente o ministério para votar contra uma PEC que limitava decisões monocráticas de ministros do STF. Mais recentemente, Buzetti foi uma das signatárias do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), esteve presente na cerimônia e elogiou a nova filiada:
> “É uma senadora combativa e respeitada no Congresso. Sua chegada nos dá o presente de liderar a maior bancada do Senado”, afirmou em entrevista à revista Isto É.
Apesar de comandar ministérios na Esplanada, a federação PP-União tem se posicionado como oposição ao governo Lula. A união partidária obriga seus integrantes a atuarem em conjunto por quatro anos, com regras que exigem chapas unificadas em disputas majoritárias (Presidência, governo e prefeituras) e votos alinhados no Congresso.
A federação já lançou oficialmente a pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado (GO) à Presidência da República. Nos bastidores, no entanto, há articulações para um projeto alternativo liderado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ciro Nogueira é apontado como possível vice em uma eventual chapa com Tarcísio, mas o avanço do plano dependerá da convergência com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo grupo político ainda enfrenta incertezas quanto ao seu futuro.