Alckmin minimiza impacto de tarifa dos EUA e afirma que Brasil superará crise comercial.
Redação
Vice-presidente destaca que apenas 3,3% das exportações brasileiras são afetadas e reforça continuidade das negociações
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (23) que o Brasil tem plenas condições de superar a crise comercial gerada pelas novas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos. Segundo ele, o impacto direto recai sobre apenas 3,3% das exportações brasileiras, o que representa uma fatia limitada do total.
> “Vai passar. Na década de 1980, 24% das exportações brasileiras tinham os Estados Unidos como destino. Hoje, essa participação caiu para 12%. E o que está afetado com o tarifaço representa apenas 3,3% do total das nossas exportações”, destacou Alckmin durante debate sobre conjuntura política promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília.
O vice-presidente também reforçou que o maior impacto se dá sobre setores da indústria de manufatura, como máquinas, equipamentos, calçados e têxtil, que possuem maior dificuldade de redirecionamento imediato a outros mercados.
> “Quando falamos de alimentos, como carne e café, por exemplo, é possível redirecionar a exportação para outros países. Já os produtos manufaturados exigem uma adaptação maior, o que pode levar mais tempo, mas também será superado”, explicou.
Alckmin reiterou o compromisso do governo brasileiro em manter o diálogo com os Estados Unidos e buscar soluções que minimizem os efeitos da medida sobre os setores produtivos nacionais. Ele também destacou a diversificação dos mercados internacionais como um fator importante que reduz a dependência histórica do Brasil em relação aos EUA.
> “Estamos atuando com firmeza nas negociações e também buscando ampliar parcerias comerciais em outras regiões do mundo. O Brasil segue comprometido com uma política comercial aberta, estratégica e que proteja a nossa indústria e os nossos trabalhadores”, concluiu.
