Nova variante da Covid-19 com sintomas de rouquidão liga alerta em Mato Grosso.

Estado já registrou mais de 11 mil casos da doença em 2025. Especialistas reforçam importância da vacinação e de cuidados básicos para conter a transmissão.

Uma nova variante do coronavírus, apelidada de “variante da rouquidão”, tem despertado preocupação entre autoridades de saúde em todo o Brasil. O alerta se intensifica após a confirmação da primeira morte relacionada à cepa no Piauí. Em Mato Grosso, o ano de 2025 já contabiliza 11.519 casos de Covid-19 e 23 óbitos confirmados. Somente na primeira semana de setembro, foram registrados 52 novos casos, com média diária de 7,4 infecções.

De acordo com o boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estado está entre os que apresentaram aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à Covid-19.

A virologista Ana Cláudia Trettel explica que, embora os sintomas principais continuem sendo febre, tosse e dor de garganta, a nova cepa tem chamado atenção pela incidência mais frequente de rouquidão, cansaço intenso e tosse seca — indícios de que o vírus pode estar atuando com mais intensidade nas vias aéreas superiores.

Trettel esclarece que a rouquidão não é exclusiva dessa variante, mas aparece com maior frequência, o que justifica o apelido popular. Ela reforça que mutações são esperadas no ciclo natural do vírus e nem sempre significam maior gravidade, mas demandam atenção constante das autoridades de saúde.

A identificação das novas variantes é feita por meio de exames RT-PCR em amostras coletadas nas unidades de saúde. Os casos positivos são encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e, posteriormente, à Fiocruz para análise genômica.

Vacinação continua sendo a principal proteção

A vacinação segue como a forma mais eficaz de prevenir casos graves da doença. Pessoas imunizadas geralmente desenvolvem sintomas mais leves e se recuperam com maior rapidez — muitas vezes sem sequer perceber que foram infectadas.

“Mesmo com a pandemia em fase menos crítica, o vírus continua a evoluir. Por isso, manter a vacinação em dia e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas são atitudes essenciais”, reforça a virologista.

Além da vacina, medidas como higiene frequente das mãos, etiqueta respiratória e uso de máscara em caso de sintomas respiratórios continuam sendo recomendadas para evitar a disseminação da doença. 



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