Aprovação de Lula se mantém estável, com Bolsa Família como destaque positivo
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) mostra que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece em 46%, enquanto a desaprovação se mantém em 51%. Os números indicam uma interrupção na recuperação da popularidade do presidente, que vinha apresentando melhora desde julho.
Um dos destaques da pesquisa é a alta aprovação entre beneficiários do Bolsa Família, que chegou a 64%, contra 32% de desaprovação. Esse é o melhor resultado no ano para o governo nesse segmento, com uma vantagem de 32 pontos para a aprovação. Em julho, os indicadores estavam em empate técnico, mostrando uma recuperação significativa.
Entre os que não são beneficiários do programa, a desaprovação é maior: 55% desaprovam o governo, enquanto 42% aprovam. As oscilações nesse grupo estão dentro da margem de erro, mas reforçam a importância do Bolsa Família como um fator de apoio ao governo Lula.
Análise por segmentos
Evangélicos:
Entre os evangélicos, Lula segue mais desaprovado do que aprovado, com 61% de desaprovação e 35% de aprovação. No entanto, a diferença entre os indicadores é a menor do ano, com 26 pontos, contra 41 pontos em julho.
Católicos:
Entre os católicos, há um empate técnico nas avaliações do governo: 51% aprovam e 46% desaprovam. No levantamento anterior, a aprovação estava 10 pontos à frente, mas agora a diferença caiu para 5 pontos.
Conclusão e Próximos Passos
A pesquisa mostra que o governo Lula mantém uma base de apoio sólida entre beneficiários do Bolsa Família, com uma aprovação que atingiu o melhor patamar do ano. No entanto, a desaprovação geral permanece alta, especialmente entre os que não são beneficiários do programa social.
O Bolsa Família continua sendo um pilar importante para a popularidade do governo, mas a estabilidade nos índices gerais sugere que o governo precisa ampliar sua base de apoio para além dos programas sociais, especialmente em segmentos como os evangélicos, onde a desaprovação ainda é significativa.
Próximos passos:
O governo deve continuar fortalecendo políticas sociais como o Bolsa Família, mas também buscar estratégias para ampliar a aprovação em outros segmentos da população, como evangélicos e não beneficiários de programas sociais, para consolidar uma recuperação mais ampla da popularidade.