Barroso admite impacto de sanções dos EUA e diz que STF pode reagir após julgamento do 8 de Janeiro.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (27/09) que a Corte poderá reagir às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra ministros do tribunal. Segundo ele, qualquer decisão — seja de natureza política ou judicial — será considerada apenas após o encerramento dos julgamentos relacionados à tentativa de golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro.

> “A ideia é esperar acabar o julgamento para pensar em qualquer eventual medida, seja política ou judicial”, declarou Barroso.

Até o momento, ao menos seis ministros foram atingidos pelas sanções, que incluem suspensão de vistos e aplicação da Lei Magnitsky, adotada pelo governo do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Além de Barroso, estão na lista os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes, além de Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.

Ficaram de fora das sanções os ministros Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Bolsonaro, além de Luiz Fux.

Barroso também destacou a dificuldade de promover a pacificação política no país, diante da postura de setores que tentam se esquivar de responsabilidades judiciais.

> “Quem teme ser preso está querendo briga, e não pacificação. A minha única frustração foi não ter conseguido fazer a pacificação”, disse.

Na próxima segunda-feira (30/09), os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes assumem, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente do STF, encerrando o mandato de Barroso à frente da Corte. 



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