Governo define solução para o Portão do Inferno e promete entrega da obra em um ano
Sinfra deve divulgar orçamento e abrir licitação para construção de túnel entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, confirmou que o Governo de Mato Grosso deve divulgar até o fim desta semana o orçamento detalhado para a construção do túnel no trecho conhecido como Portão do Inferno, na MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães.
“Se tudo der certo, quinta ou sexta-feira já estaremos com o orçamento detalhado em mãos”, afirmou o secretário, ao explicar que o processo sofreu atrasos por ajustes técnicos e financeiros.
A proposta inicial, que previa o retaludamento da encosta (contenção do morro), foi descartada por inviabilidade geológica. A nova solução — considerada mais segura, moderna e sustentável — prevê a escavação de um túnel sob o trecho crítico, o que deve preservar a paisagem natural e reduzir os impactos ambientais.
Marcelo destacou que a elaboração do projeto exigiu o apoio de uma consultoria especializada em obras subterrâneas.
> “Recebemos o primeiro orçamento e eu mesmo disse ao governador: ‘Nunca fiz um túnel e não sei como executar uma obra desse tipo nesse tipo de material’. Por isso, contratamos uma consultoria para analisar nosso projeto e o orçamento”, relatou o secretário.
De acordo com ele, o parecer técnico foi positivo e apontou apenas ajustes pontuais nos custos. “Tivemos alguns problemas orçamentários, mas já estamos corrigindo. A ideia é lançar a licitação no modelo RDCi (Regime Diferenciado de Contratação Integrada), e talvez já na próxima semana possamos publicar o edital”, adiantou.
Sobre o prazo para conclusão, Marcelo foi enfático:
> “Em um ano a obra estará pronta.”
O Portão do Inferno é um dos pontos turísticos mais emblemáticos da Chapada dos Guimarães, mas vem apresentando riscos constantes à segurança dos motoristas. Em dezembro de 2023, deslizamentos e quedas de blocos de rocha obrigaram o governo a interditar parcialmente o trecho, que desde então opera em sistema de “pare e siga” durante o período chuvoso.
