Max Russi prevê votação do reajuste do TJ apesar de possibilidade de manobra do Governo.
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), reconheceu que o Governo do Estado ainda dispõe de instrumentos regimentais capazes de protelar a votação do reajuste do Poder Judiciário. Apesar disso, o parlamentar afirmou acreditar que tais mecanismos não serão acionados e que o projeto deve ser apreciado na próxima semana.
Tramitação do reajuste
A proposta de reajuste salarial do Judiciário já foi aprovada em primeiro turno e retornou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde recebeu pedidos de vista dos deputados Dr. Eugênio (PSB) e, posteriormente, Chico Guarnieri (PRD).
Com o fim do prazo, o texto segue agora para votação final em plenário.
Max Russi destacou que não há mais possibilidade de novas vistas e assegurou que o projeto já está oficialmente incluído na pauta.
> “Está na pauta, não existe mais instrumento de vistas”, afirmou o presidente, reforçando a expectativa de que a votação ocorra na próxima semana.
Pressões e resistências
O governo estadual mantém posicionamento contrário ao reajuste, alegando risco de efeito cascata em outros poderes e órgãos, o que poderia gerar impacto anual estimado em R$ 1,6 bilhão no orçamento.
Por outro lado, sindicatos ligados ao Judiciário intensificaram a pressão sobre a Assembleia e chegaram a ameaçar greve caso a votação fosse novamente adiada. Questionado sobre a possibilidade de tensionamento entre os poderes, Max Russi preferiu não comentar eventuais reações parlamentares, mas ressaltou que o diálogo com desembargadores e representantes do Judiciário não deve interferir na postura dos deputados durante a votação.






