Fagundes critica prisão de Bolsonaro e diz que medida é desproporcional.

Senador afirma que decisão de Moraes se baseia em interpretações e ignora falta de evidências concretas

O senador mato-grossense Wellington Fagundes (PL) afirmou ver com “profunda preocupação” a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o parlamentar, a ordem judicial “ultrapassa limites razoáveis” e coloca em dúvida a preservação de garantias fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Segundo Fagundes, a decisão não apresenta acusações objetivas, mas recorre a interpretações subjetivas. Para autorizar a prisão, Moraes levou em consideração a vigília convocada por Flávio Bolsonaro em frente à residência onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, apontando o evento como potencial risco de fuga.

> “A decisão não se apoia em elementos concretos que indiquem ação direta ou conduta tipificada, recorrendo a interpretações que desconsideram os parâmetros objetivos da legislação processual penal. Atribuir responsabilidade criminal por vínculos familiares é incompatível com o ordenamento jurídico brasileiro e não encontra respaldo na Constituição”, escreveu o senador.

 

Fagundes também destacou o estado de saúde fragilizado de Bolsonaro, lembrando das sequelas do atentado sofrido em 2018 e das múltiplas cirurgias posteriores.

> “Causa estranhamento que a ordem de prisão seja decretada mesmo diante do quadro de saúde delicado do ex-presidente. A adoção de uma medida tão extrema demonstra-se desproporcional e desnecessária.”

Na nota, o senador manifestou solidariedade a Bolsonaro e à família, afirmando confiar que a defesa utilizará todos os meios legais para reverter a decisão. Ele ainda reforçou que o Partido Liberal tem em Bolsonaro sua principal liderança e que a legenda continuará defendendo “as liberdades, o devido processo legal e o respeito às instituições”. 



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