Pesquisa Datafolha: Lula tem 15 pontos de vantagem sobre Flávio Bolsonaro em cenário de 2º turno para 2026

BRASÍLIA — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com folga as intenções de voto em um cenário de segundo turno contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para as eleições presidenciais de 2026, segundo nova pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6).
No levantamento, Lula aparece com 51% das intenções de voto, enquanto Flávio Bolsonaro, recentemente confirmado como o pré-candidato do grupo político de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, registra 36%. A diferença de 15 pontos percentuais indica uma vantagem considerável para o atual mandatário.
Análise do cenário eleitoral
A pesquisa Datafolha ouviu 2.002 eleitores entre os dias 2 e 4 de dezembro. O anúncio oficial da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ocorreu após a coleta desses dados, mas a simulação já capta o potencial eleitoral do senador frente ao presidente.
Analistas políticos avaliam que a escolha por Flávio pode, paradoxalmente, fortalecer as chances de reeleição de Lula. A transferência de votos do ex-presidente Jair Bolsonaro para seu filho primogênito enfrenta dificuldades, sendo considerada menos eficaz do que seria para outros nomes da direita, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em cenários alternativos testados pelo Datafolha, a vantagem de Lula sobre Tarcísio de Freitas é menor, de 5 pontos percentuais, indicando que Tarcísio seria um adversário mais competitivo neste momento.
Outros levantamentos
A vantagem de Lula sobre Flávio Bolsonaro também é observada em outros institutos de pesquisa. Levantamentos anteriores da AtlasIntel e Paraná Pesquisas já apontavam a dianteira do petista, tanto no primeiro turno quanto em simulações de segundo turno, reforçando a tendência atual.
A divulgação dos números ocorre em um momento de polarização política no país, com os nomes de Lula e Bolsonaro centralizando o debate para 2026. A decisão de lançar Flávio é vista nos bastidores como uma estratégia de longo prazo, talvez visando 2030, mas que, no curto prazo, beneficia a atual gestão, segundo fontes do governo. 



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