VÁRZEA GRANDE Em seu primeiro ano de mandato, a prefeita Flávia Moretti enfrenta um desafio que ecoa o debate nacional.
VÁRZEA GRANDE Em seu primeiro ano de mandato, a prefeita Flávia Moretti (PL) enfrenta um desafio que ecoa o debate nacional: como justificar um aumento histórico na arrecadação de impostos enquanto a máquina pública parece expandir-se em ritmo acelerado
O "Boom" Arrecadatório
Sob o comando de Moretti, Várzea Grande atingiu patamares inéditos de receita própria. Em maio de 2025, o município registrou um recorde de R$ 11,5 milhões apenas com o ISSQN, um aumento de quase 20% em relação aos anos anteriores. A prefeitura também superou, em apenas oito meses, toda a arrecadação de alvarás de 2024, impulsionada por uma fiscalização mais rigorosa e pela prorrogação estratégica do Mutirão Fiscal 2025 até o fim de dezembro.
O Inchaço da Máquina: O "Efeito Lula"
Municipal Apesar do fluxo de caixa positivo, as críticas à gestão assemelham-se às feitas ao governo federal: o foco excessivo no aumento de receitas para sustentar um gasto público crescente. Folha de Pagamento: Relatórios apontam que, em julho de 2025, a folha de pagamento municipal disparou para R$ 44 milhões mensais, com o número de servidores chegando a dobrar em determinados períodos comparativos.Cargos Comissionados: Apenas em janeiro de 2025, nos primeiros 20 dias de governo, a prefeita já havia preenchido quase 50% dos 600 cargos comissionados exonerados pela gestão anterior. Recentemente, em dezembro de 2025, a prefeita sancionou a criação de novos cargos com salários de até R$ 16,2 mil.Privilégios Políticos: O orçamento para 2026 prevê um aumento de 286% na verba de gabinete do vice-prefeito, Tião da Zaeli, evidenciando que o corte de gastos não atingiu a cúpula do Executivo.
Calamidade Financeira ou Falha de Gestão?
Para justificar o aperto, Moretti anunciou a preparação de um decreto de calamidade financeira em novembro de 2025, alegando um rombo herdado de R(120milhõesaR) 144 milhões. No entanto, adversários políticos e senadores do estado, como Jayme Campos, criticam a narrativa, afirmando que "falta gestão, não dinheiro". A prefeita também projeta perdas externas, como a queda de R$ 32 milhões nos repasses de ICMS em 2025, o que tem servido de combustível para a manutenção da pressão tributária sobre o contribuinte várzea-grandense.
Conclusão
O cenário em Várzea Grande ao final de 2025 é de um município que arrecada como nunca, mas gasta na mesma proporção. Flávia Moretti, eleita com uma plataforma de direita e foco em eficiência, encerra seu primeiro ano sob a desconfiança de que a "sina de arrecadar" serve mais para manter o tamanho do Estado do que para sanear as contas públicas. Se o objetivo era ser o oposto do modelo de gastos do governo federal, os números da folha e dos cargos comissionados contam, por enquanto, uma história diferente. Criando um link público…






