Alívio no Bolso: Inflação do Aluguel Encerra 2025 com Queda Acumulada de 1,05%

Cenário imobiliário brasileiro encerra 2025 com uma notícia positiva para milhões de locatários. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), tradicionalmente utilizado para o reajuste de contratos de locação, consolidou uma deflação de 1,05% no acumulado do ano. O resultado foi confirmado após o índice registrar uma leve variação negativa de 0,01% em dezembro.

Por que o índice caiu?
Diferente do IPCA (que mede a inflação ao consumidor), o IGP-M é fortemente influenciado pelos preços ao produtor e pelo mercado global. Segundo economistas do Ibre/FGV, a queda de 2025 foi impulsionada por três fatores principais:Desaceleração global: A menor atividade econômica mundial limitou o repasse de custos.Safra Agrícola: A melhora na produção no campo ajudou a reduzir os preços de matérias-primas brutas.Incerteza Econômica: O ambiente de cautela ao longo do ano conteve pressões inflacionárias no atacado.

O que muda na prática para o inquilino?
Para contratos que fazem aniversário em janeiro de 2026 e utilizam o IGP-M como indexador, o valor do aluguel pode sofrer uma redução real. Por exemplo:Um aluguel de R(2.000,00*podeserreduzidoparaaproximadamente*R) 1.979,00 (-1,05%).Atenção: A aplicação da deflação depende do que está escrito no contrato. Alguns proprietários incluem cláusulas que impedem o reajuste negativo (mantendo o valor estável), mas a tendência é que o cenário favoreça a negociação direta entre as partes.

Perspectivas para 2026
Embora 2025 tenha terminado no campo negativo, o mercado financeiro, via Relatório Focus, projeta que o IGP-M volte a subir em 2026, com uma expectativa de alta em torno de 4%. Especialistas sugerem que inquilinos aproveitem este momento de baixa para formalizar acordos de longo prazo ou buscar a troca de indexadores para índices menos voláteis, como o IPCA.