Evacuaram em toda cidade

A recente e primorosa exposição das autoridades públicas locais [para se ater apenas às nossas fronteiras], na profusão de provas em vídeos e atitudes já conhecidas de cor e salteado, são o sinônimo da mais crua falta de vergonha associada a tudo o que é do atrevimento e do cômico. O prefeito de Cuiabá, deputados e agentes púboicos flagrados pilhando o erário, todos eles, em igual e conhecido desaforo, ainda tentam se esquivar e negar o obvio: “era dinheiro de empréstimo”, para quitar débitos de campanha, para comprar alpiste pros passarinhos, para comprar xaxim e samambaias, para comprar mostarda ...”.
A deleção fracionada do ex-governador Silval Barbosa, faz surgir a cada dia novos fatos, novas provas e novos personagens. É o tempo de ponderar sobre o que há, a mais, naquilo que espera de um patife. Na crônica abaixo, uma versão light do atual cenário.
“Um português cinquentão, rabugento, morava na pensão que ficava em um prédio de cinco andares, onde também havia alguns universitários já cansados da intolerância do lusitano. Certo dia, vendo que o senhor havia exagerado no vinho, resolveram dar um lição no lusitano intransigente. Pensaram em várias peças, já que o homem, entarraxado na bebida, dormia profundamente no seu quarto, com a porta entreaberta. Eles pensaram em tirar sua roupa, colocar-lhe brincos, pintar seus lábios com batom, amarrar os cadarços dos sapatos, enfim, mas decidiram sujar seu vasto bigodão com fezes.
Na manhã seguinte, o portuga acordou incomodado com o mau cheiro. Procurou debaixo da cama, verificou as solas do sapato, do chinelo, foi ao sanitário, abriu o guarda-roupas... Nada ! Desarrumou a cama, foi ao sifão da pia procurando, já desesperado, pela origem do cheiro repugnante.
Por fim, depois dar uma geral em todo o quarto, ele abriu as janelas do quarto, e, do alto do quinto andar, esvaziou os pulmões, aspirou forte e exclamou:
_ Raios, raios! Defecaram no Estado inteiro.


Jorge Maciel é jornalista em Cuiabá
 



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