Vozes femininas tecem uma ode à desobediência aos velhos códigos em novo espetáculo

O In-Próprio Coletivo compartilha com o público o seu novo processo de pesquisa e criação cênica “In-Próprio para Dinossauros”, em curta temporada nos dias 17 (Sáb) e 18 (Dom) de fevereiro, celebrando o retorno das atividades da MT Escola de Teatro em 2018, no Cine Teatro Cuiabá, às 20h.
Para o coletivo, “o impulso vital desse projeto é produzir uma ode à desobediência dos códigos jurássicos que insistem em dizer sobre quem somos e o que desejamos.”Sobretudo aos códigos, pequenas e grandes violências impostos aos corpos e existências femininas. O incômodo transbordou e quis ser ressignificado através da arte. Os dinossauros dos dias atuais seguem a impor caixinhas de classificação, inquestionáveis modos de vida, de comportamento, e a incinerar a autonomia feminina.

A partir da escuta da trajetória de vida de mulheres que se colocaram a pensar e enfrentar essas questões insurge “In-Próprio para Dinossauros”, desenvolvido por meio do projeto Literatura em Cena do SESC Arsenal.

Em seu texto, cenas e imagens, corpos e vidas reais são transportados para o palco, narrando vivências, experiências, medos, julgamentos e amenidades cotidianas. Enlaçadas a essas existências, almas femininas. Arraigadas à memória de quase todas elas, a opressão. Florescente na consciência das que compartilharam suas histórias, a resistência.

A equipe é formada pelas artistas Daniela Leite, Karina Figueredo, Juliana Segóvia, Karola Nunes, Neriely Dantas e Any Luz. Colaboração artística de Luiz Gustavo Lima, consultoria Maria Elisa Rodrigues, figurino assinado por Einstein Halking e produção de Larissa Sossai.

O In-Próprio Coletivo
Formado em 2014, o coletivo já nasceu In-Próprio: seu projeto primeiro chegou revolvendo o profundo e lânguido tecido da memória na premiada experiência “OraMortem”, que circulou o país pelo Projeto SESC Palco Giratório 2016 e extasiou público e crítica.

Em uma reflexão e intervenção sobre e na cidade, circularam por todo o território da Amazônia Legal, pelo projeto SESC Amazônia das Artes 2017, com a performance “Não Cabe Mais Gente!”.

SINOPSE
A principal relação de afeto que podemos estabelecer com os dinossauros se dá pela via da ficção. Ficcionalizar é dar condições de existência e, nesse caso, de enfrentamento ao que chamamos de realidade. A dimensão e verticalidade dos gigantescos répteis que se encontram nos museus e nas narrativas cinematográficas são como monumentos que afirmam as falotopias do discurso científico. Seus fósseis, compostos do mesmo carbono da nossa corporeidade sugerem metáforas para um tempo-período em que os cenários e as relações estão significados como algo estático, naturalizado, imutável. A partir da escuta da trajetória de vida de mulheres que se colocaram a pensar essas questões, o in-Próprio Coletivo propõe uma obra que alia a aproximação entre as narrativas autobiográficas e o exercício autoficcional. O impulso vital desse projeto é produzir uma ode à desobediência dos códigos jurássicos que insistem em dizer sobre quem somos e o que desejamos.

FICHA TÉCNICA:
Impulso e engrenagem de criação: in-Próprio Coletivo
Estratégias de direção e atuação: Daniela Leite e Karina Figueredo
Perspicácias em concepção de vídeo: Juliana Segóvia e Neriely Dantas
Sagacidades em concepção sonora: Karola Nunes
Arquitetura de iluminação: Karina Figueredo
Engenharia de texto: Daniela Leite e Luiz Gustavo Lima
Astúcia dramatúrgica: Any Luz
Investigação e concepção de figurino: Einstein Halking
Expertise em provocações literárias: Maria Elisa Rodrigues
Táticas de produção: Larissa Sossai
Artimanhas de comunicação: Thayana Bruno

SERVIÇO:
Dia: 17 e 18/02 (sábado e domingo)
Hora: 20h
Local: Cine Teatro – Sala Anderson Flores
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) – Aprendizes da MT Escola: entrada franca

Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 80 minutos
Ingressos limitados
Telefone contato: 65 98112-0169 / 9 9284-3663 / 9 8105-2449

 



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