Caso Isabele: MT diz que empresário não seguia as regras mínimas de segurança
O promotor de Justiça, Marcos Regenold diz que o empresário Marcelo Cestari tinha “conduta de total desprezo para com as regras mínimas de segurança que se exige dos detentores de armas de fogo”.Tanto que no final do ano passado havia ocorrido outra acidente com pólvora dentro de sua casa. Toda família, a esposa Gabi e os trigêmeos de 14 anos pratiram tiro esportivo.
"As investigações elucidaram que em dezembro de 2019, houve um acidente com pólvora na casa da família Cestari, fato que é conhecimento dos moradores do Condomínio Alphavile I", afirma Regenold com base no depoimento de uma das vizinhas da mansão dos Cestari e faz parte das investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Essa vizinha é mãe de um adolescente que namora uma filha de Marcelo Cestari, irmã da garota que efetuou o tiro que matou Isabele.
O promotor cita vários depoimentos como do namorado da adolescente que efetuou o disparo que matou Isabele. O adolescente relatou que no dia do crime chegou no imóvel levando duas armas por volta das 15h30 e ao deixar a residência às 22h as armas que ele levou foram vistas por todos que ali estavam, inclusive a vítima. O menor disse ainda "que durante todo esse período acredita que as armas ficaram em cima da mesa da sala".
Para o MP foi uma tegédia anunciada pela negligencia do casal no manuseio das armas que tinham em casa com 03 adolescentes de 14 anos.
No pedido o MP usou também o depoimento do enfermeiro do SAMU que disse que viu sobre a mesa vários materiais de manutenção de arma de fogo. "Evidenciou-se nas investigações ainda em curso, que o indiciado trata o enorme estoque bélico que possui como se fossem objetos de uso corriqueiro, como um celular, um controle remoto, ou algo assim. E isso em uma residência onde vivem 03 adolescentes trigêmeos de apenas 14 anos de idade e outra irmã também muito jovem, com intenso movimento de outros adolescentes vizinhos, como se observou no dia do evento fatídico".
