Hospitais Filantrópicos podem suspender serviços em MT
Os hospitais filantrópicos de Mato Grosso podem suspender os serviços caso o governo do Estado não faça os repasses até esta sexta-feira(26).
Eles que estão sem repasse de custeio a praticamente 2 meses o que fez com que atingissem índices insuportáveis neste mês.
Conforme a Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Mato Grosso (FEHOSMT), o custeio seria no valor de quase R$ 13 milhões para as Unidades de Terapia Intensiva - UTI e alguns serviços essenciais como a Oncologia, leitos de retaguarda e incentivo de cirurgias cardíacas e obstetrícias. As instituições Santas Casas de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital Geral Universitário, Hospital Santa Helena e Hospital de Câncer estão passando por enormes dificuldades com fornecedores e pagamento do serviço médico.
A presidente da Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Mato Grosso (FEHOSMT), Dra. Elizabeth Meurer disse que a dívida do Estado com as instituições vêm se arrolando desde 2015. "No ano passado elencamos uma série de perdas que estamos tendo com a falta destes repasses para a Secretaria de Estado de Saúde, mas até agora não foi feito quase nada para nos tirar desta situação. O incentivo de custeio emergencial veio apenas por três meses e desde fevereiro as instituições não receberam mais este aporte”.
Elizabeth disse que em dezembro do ano passado o ex-secretario Estadual de Saúde se comprometeu a fazer todos os repasses, mas já estão com dois meses atrasados novamente nas UTIs e três meses em outros serviços como cirurgia cardíaca e obstetrícia.
A presidente aponta que os cinco hospitais atualmente atendem 80% da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e somam 3,5 mil internações por mês, sendo que o Hospital Santa Helena e o Hospital Geral fazem cerca de 1,1 mil partos ao mês. Em cada unidade são feitas aproximadamente 500 cirurgias por mês.
Os hospitais cobram do governo o imediato pagamento do valor atrasado e a elaboração de um cronograma para não deixar que os repasses voltem a atrasar.