Educafro e Centro Santo Dias de Direitos Humanos de SP entram na justiça contra ato racista em loja e shopping de Cuiabá
A Studio Z e a Ancar Ivanhoe, responsável pela administração do Pantanal Shopping estão sendo processadas pelas instituições Educafro e Centro Santo Dias de Direitos Humanos, ambas de São Paulo com pedido de indenização por dano moral no valor de R$ 40 milhões na Vara Especializada de Ação Civil Pública e Popular.
O caso se refere ao tratamento discriminatório dado ao servidor federal Paulo Henrique Arifa dos Santos, de 37 anos, por ter supostamente sido acusado de furto pela loja e ter sido empurrado por um segurança do shopping.
As entidades argumentam que houve dano moral coletivo e dano social infligido à população negra e ao povo brasileiro de modo geral, em razão da abordagem ao servidor.
"Em síntese: por meio dos seguranças do requerido Shopping Pantanal, o requerido Studio Z cercou um cidadão negro, constrangendo-o e causando lesão corporal no pé deste, para que este provasse que não tinha furtado produto por ele devidamente adquirido no estabelecimento; Independente da qualificação específica do delito ou ilícito civil, já é possível definir o dever de reparação difuso aqui perseguido", diz trecho da ação.
A ação relata que no dia 09 de junho, Paulo Arifa comprou um par de sapatos na loja Studio Z, localizada no Shopping Pantanal, pagando em espécie, com uma nota de R$ 100 e recebendo R$ 20 de troco. Após pagar, ele saiu da loja calçando os sapatos. E foi acusado por uma funcionária de furto.
Nota à imprensa
O Pantanal Shopping informa que não comenta ações e decisões judiciais em andamento e que está à disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários.
foto rdnews