GCCO investiga conduta de policiais penais em manter greve ilegal

Por conta da insistencia em desobedecer a decisão judicial que declarou a greve ilegal, os policiais penais passam a ser alvo de uma investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), setor especializado da Polícia Judiciária Civil.

Eles querem averiguar a conduta dos policiais penais em não receberem presos.

A autorização para a GCCO investigar servidores e membros do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso ( Sindspen-MT) consta numa portaria assinada por Gianmarco Paccola Capoani, delegado-geral da PJC em substituição, e publicada no Diário Oficial do Estado (Iomat).

Há 3 decisões judiciais proferidas por desembargadores do Tribunal de Justiça que declararam a ilegalidade do movimento grevista, impôs multa diária de até R$ 200 mil e mandou bloquear contas do Sindspen e seus diretores, mas que estão sendo ignoradas pelos policiais penais.


Conforme a portaria, mesmo com tais medidas, os servidores do sistema penitenciário continuam se recusando a receber detentos e realizar outras tarefas relativas ao funcionamento das unidades prisionais, o que tem obrigado que os policiais civis executem tais funções e fiquem em alerta o tempo todo.

“Designar a Gerência de Combate ao Crime Organizado - GCCO/PJC, para sem prejuízo das atribuições da Unidade Policial, atuar na apuração de todos os fatos ocorridos na região metropolitana e relacionados ao impedimento de recusa de presos, por parte de servidores públicos das unidades prisionais destinatárias, devendo ser instaurados e concluídos os procedimentos respectivos, bem como proceder ao alinhamento das ações investigativas com a Diretoria Metropolitana e demais unidades da Diretoria de Atividades Especiais, as quais permanecerão com as atribuições na vigilância e remanejamento dos custodiados”, diz trecho da portaria que entrou em vigor nesta segunda-feira (27).

No documento, o delegado Gianmarco Capoani observa que é obrigatoriedade legal e institucional da instituição a apuração de eventuais crimes envolvendo servidores públicos em decorrência de eventuais impedimentos no ato de recebimento de presos, dentre outros. 

A greve dos policiais penais foi deflagrada no dia 12 deste mês.

Eles querem reajuste salarial e equiparação com outras categorias da segurança pública, como as Polícias Civil e Militar. 

 

foto reprodução PJC



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