PF diz ter interceptado contratação de voo de Portugal para trazer drogas para o Brasil pelo ex-secretário de MT
De acordo com a reportagem da UOL, a PF teria interceptado conversar do ex-secretário de MT Nilton Borgato contratando um voo de Portugal para trazer drogas para o Brasil.
Borgato foi preso em seu apartamento de luxo em Cuiabá (MT) na Operação Descobrimento.
Ele seria conhecido numa organização de tráfico internacional como 'índio' e teria ligação com a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, 55, primeira delatora da Operação Lava Jato que estaria aliada com um integrante do alto escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital) para enviar cocaína à Europa.
Segundo a PF, seria de Kodama parte dos 580 kg de cocaína apreendidos na fuselagem de um jato da empresa portuguesa Omini Aviação e Tecnologia, em 9 de fevereiro de 2021, no Aeroporto Internacional de Salvador, na Bahia.
Segundo a Polícia Federal, a outra parte da droga pertencia a Marcelo Mendonça de Lemos, 47, conhecido como Marcelo Grandão ou Marcelo Infraero, do alto escalão do PCC.
O caso começou a ser investigado quando um jato fretado em Cascais, Portugal veio para Salvador e foi para Jundiái. Lá, a aeronave ficou em um hangar onde os 580 kg de cocaína foram escondidos na fuselagem. No retorno à capital baiana, o piloto identificou problemas no freio do avião. Mecânicos encontraram a droga após inspeção.
A Polícia Federal descobriu que o carregamento da cocaína foi contratado pelo advogado Rowles Magalhães Pereira da Silva, 52, ex-namorado de Nelma Kodama, lobista e ex-assessor parlamentar em Mato Grosso, e pelo sócio dele, Ricardo Agostinho, 31, funcionário público federal.
Nelma Kodama foi detida no hotel mais caro de Lisboa, a capital portuguesa.
Rowles Magalhães foi preso em São Paulo,
Borgato foi preso em seu apartamento de luxo em Cuiabá (MT). A defesa do ex-secretário afirma que vai entrar na Justiça com habeas corpus .
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