Procurador vai recorrer da decisão de TJ que soltou adolescente que matou Isabele
Após apelo da mãe de Isabele Guimarães morta com um tiro no rosto pela adolescente da família Cestari, o procurador de Justiça da Infância e da Adolescência de Mato Grosso, Paulo Prado, disse que vai recorrer da decisão do TJ que mandou soltá-la.
Agora o Ministério Público Estadual (MPE) aguarda a notificação da decisão para analisar cada um dos cinco votos dos desembargadores e recorrer da decisão da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
A adolescente condenada pela morte de Isabele conseguiu uma decisão favorável e teve o alvará de soltura na noite de quarta-feira (8). Ela cumpria pena de três anos no Lar Menina Moça, que fica no Complexo do Pomeri, na capital. No entanto, ficou internada no local apenas 1 ano e cinco meses.
A defesa da adolescente conseguiu reverter a decisão da condenação. Ao invés de homicídio doloso, a Justiça considerou que o crime passou a ser homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.
A mãe de Isabele, Patrícia Ramos ficou indignada com a decisão e procurou o MPE.
"Estou indignada, surpresa, aflita. Minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples, mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada. A atiradora era perita nisso", afirma.
O crime ocorreu em julho de 2020.
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